Breve introdução
Era por volta das 08h15min da manhã,
a mãe de Fernanda estava saindo para trabalhar. Quando se engatou uma discursão
na cozinha, a avó de Fernanda que também estava em casa, alegava que Fernanda
não ajudava com os afazeres domésticos, com cerca de minutos a discursão se tornou
uma troca de acusações. A mãe de Fernanda entrou na cozinha se empirupítando* ainda com a tolha no cabelo, Fernanda por si já estava aos berros com a avó,
como de impulso a mãe de Fernanda deu-lhe um belo de um sopapo* na menina, que
pegou entre seu rosto, a menina começou a gritar, chorar, como uma viúva em
condolências ao seu falecido. Havia soluços altos como sirenes, seria que uma
atitude de puro estresse poderia estragar uma relação de mãe e filha?
Com isso veio à frase que
chocaria o mundo se ele a ouvisse!
-Quanto mais os anos passam eu
desejo e anseio mais e mais a sua morte!!! Isso é uma coisa que uma filha diga
a pessoa que lhe deu a Luz? Ou será que a pobre dona Tania de Almeida devia e
merecia ouvir aquilo? Essa não é uma pergunta que você deve fazer a mim, e sim,
a sua consciência, mãe ou filha, oque achar cara leitor (a)?
Por favor, não me abandone leitor
(a), pois sou uma excelente narradora e uma ótima ouvinte, disposta a ouvir
seus melhores e piores pensamentos que você não deseja compartilhar com a
sociedade. Pois eu sou quem você pode
vir a amar e sei que sou quem você mais odeia!
Quem sou eu?
Capítulo
1
A discursão
Pode se dizer que em segundos
aquilo se tornou uma guerra. Pratos quebrados, gritos, tapas, e mais gritos.
Fernanda ficou totalmente marcada com os tapas da mãe. A cozinha de repente se
calou em um breve silêncio... Até que seu Marcos entrou em disparada na cozinha
a socorro da filha, que estava imobilizada de medo no canto da pia.
Mas gritos ecoaram casa adentro,
o pai pegou a menina e a levou para o quarto, sempre fitando a mãe com um olhar
de desaprovação.
Cinco, dez, quinze minutos se
passaram e não se ouviu mais nada a não ser o silêncio na casa número treze da Rua das Lágrimas. Será que era coincidência a rua possuir um nome que se encaixara com
a situação? Ou era o destino, Fernanda e a família haviam se mudado fazia duas
semana para casa número treze.
Com o silêncio Fernanda se aconchegou
no emaranhado de lençóis, e ficou a olhar vagamente para um ponto de mofo
próximo a janela. Com isso surgiu a ideia de fugir, eu tentei avisa-la mais ela
não iria nem me ouvir, o ódio estava a desperta seus piores pensamentos. A
menina dos olhos cor de avelã pegou sua mochila, colocou uma blusa de frio,
seus documentos, e seu porquinho de porcelana, presente do avô que morreu três
dias após a entrega do presente. A menina suponha que tivesse muito dinheiro,
só que se esqueceu de contar que retirava dois cruzeiros toda quarta-feira,
para comprar sorvete. Eu havia contado o dinheiro na noite anterior havia 20 cruzeiros. Com isso a menina pulou a janela do quarto em direção ao jardim dos
fundos.
Voltando apenas para pegar seu
ursinho de pelúcia, que estava sempre com ela, embora tivesse quatorze anos.
Saiu em disparada pela Rua das Lágrimas, e com cinco minutos de caminhada mal se via a casa número treze, e lá foi
Fernanda virando a esquina em direção à rua principal.
A Rua dos Sonhos, e agora?
Destino ou coincidência.
Glossário:
empirupítando: Entrada com rapidez,surgimento.