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Com certeza um dos melhores livros que eu tive a sorte de adquirir, trazendo a mais linda das índias, remete nosso passado de forma bela e naturalista, mostrando a história do Brasil com seus detalhes...Leia não irá se arrepender. José de Alencar é o melhor escritor!!! Sem dúvida, meu preferido.



A solidão das moléculas

Uma molécula não deveria se sentir só, por conta de estar rodeada de moléculas, embora às vezes seja necessário que ela se separe das demais moléculas para constituir uma nova substancia.
Milhares de moléculas estão espalhadas pelo mundo procurando um lugar seu, um lugar onde ela consiga a substância dos seus sonhos. A vida da molécula moderna não é nada fácil.
A solidão pode ser vista e analisada através de diversos fatores, entretanto uma coisa pode ser conclusiva: que ela é uma coisa ruim e destrutiva.
Em um mundo onde se vive bilhões de pessoas é quase impossível que se conheça a todas as pessoas, o mundo moderno vem sendo bombardeado por redes sociais, e-mails, telefonemas gravados, coisas assim fazem com que se perca o contato humano, que coisas simples como mandarem uma carta ou fazer uma visita pessoal começa a se extinguir na era da tecnologia solitária.
Vários estudos têm divulgado como a solidão social e emocional vem afetando a sociedade, onde seus membros estão desfazendo suas substâncias e procurando ser uma molécula isolada.
A solução mais viável seria nos remetermos a costumes hoje considerados arcaicos e ultrapassados, de tempos que o planeta não precisa ser superpovoado para que se obtivessem uma vida feliz, Rousseau já dizia “Que o homem nasce bom e a sociedade o corrompe” e foi essa sociedade que trouxe a solidão.
Cabe agora decidirmos voltar às origens e refazermos nossos conceitos ou continuar a sermos moléculas solitárias.



Capítulo – 10

Quando o palácio desmorona

 A discursão entre Caleu e Fernanda durou cerca de uma hora, várias ofensas foram trocadas, eu cheguei a pensar que ele partira para agressão, mas se conteve e acabar com a menina apenas com o uso das palavras, eu pensei que agora ela iria embora. Mas se manteve e exaltou o seu amor por Caleu como nunca havia feito. Os dois ficaram meio afastados, ela pedia explicações a todo o momento e ele se esquivava com muita agilidade das suas perguntas dando respostas incompletas ou se negando a responder.
- Caleu oque aquele homem queria?
- Isso não é assunto seu!
- Se eu estou morando aqui, é assunto meu.
- Não quero responder agora.

Caleu saiu e deixou Fernanda desnorteada a chorar no centro da pequena sala. Ela caiu em grande comoção, suas lágrimas emundaram o ambiente com grande tristeza, assim permaneceu por horas, pensou em voltar pra casa, mas não se sentia uma menina como sairá de lá, havia se tornado mulher, Caleu a tinha transformado em mulher. Pensou na saudade, pensei em contar sobre sua avó, mas ela nunca me escutava.
Fiquei sentado do lado dela, seus olhos estavam inchados, sem que ela percebe-se deitei sobre suas pernas e senti o gosto das suas lágrimas, tinha um gosto inexplicável, de dor misturada com arrependimento e muita saudade.
Mas uma vez senti grande vontade de ser humano, queria pedir ela em namoro, colocar um anel em seu dedo, fazer dela minha mulher, eu sim queria ser transformado em homem através das mãos de Fernanda e transformaria  ela em mulher.
Quando passava das oito da noite Caleu retornou com uma aparência abatida, Fernanda acabara cochilando no chão da sala, ele a pegou e colocou na cama, deitou ao lado dela e a abraçou com tanto carinho, ela se movimentou e retribuiu o abraço com um beijo envolvente, eu encostei a porta com um pequeno sopro e percebi que era hora de eu me retirar.
Aquela noite não tinha luar, as estrelas haviam se escondido, com medo de mim talvez, naquela noite fiquei brincando com os ratos que passeavam em meio aos becos da favela.
Pela manhã os dois fizeram as pazes, beijos aconteceram, ela disse com uma cara de seria que tinha uma notícia a dar. Caleu levantou o olhar como quem já previa a notícia, mas com certeza ele estava errado, Fernanda estava gravida, a certeza não era absoluta, mas já estava atrasada há algum tempo, Caleu ficou pálido e sem reação.
Fernanda chorou Caleu a abraçou com mais carinho que o da noite anterior, pediu que ela fosse a uma farmácia, e deu a sua notícia.
- Você tem que ir embora! O mais rápido possível.
- Como assim, porque estou grávida?
- Aquele cara que você viu, será só o primeiro a vir me procurar, não é seguro você ficar aqui!
- Mas...
- Não Fernanda.
- Caleu, você vai me abandonar por que estou gravida?
- O que? Lógico que não.
- Tenho certeza.
- Meu Deus. Eu lhe juro meu amor, se lhe peço que vá é por sua própria segurança.
Eu fiquei tão perplexa que nem sentia minha respiração. Fernanda chorava sem parar, Caleu andava de um lado para outro, como se estivesse andando para fora da li, fora da cidade, fora do mundo. Ele também era homem, em um corpo de menino, e sentia como Fernanda a necessidade de um colo de mãe, só queria poder fugir.
- O que vamos fazer Caleu?
- Tenho que pensar... Você vai pra casa da sua mãe! Tem certeza sobre a gravidez?
- Sim... Ou mais ou menos.
-Não posso voltar. Não quero, prefiro ficar aqui.
- Não aqui não é seguro, entenda!
- Caleu o que você fez?
- Não deve saber... A única coisa que precisa saber é que sua segurança está em risco.
- Eu não vou. Não quero te abandonar.
- Logo vamos nos reencontrar. Juro.
- O que fez de errado? Diga-me.
- Eu devo uns caras, é muita grana.
- Quanto, e como?
- Eu me envolvi em coisas errada Fernanda, antes de te conhecer.
- Não Caleu, não me obrigue a ir.
- Está decidido amanhã você vai.
- E como vou te ver?
- Me deixe o endereço, e em três dias a gente se encontra e foge.
- Tem certeza? Não vai me abandonar.
- Fernanda eu lhe jurei o meu amor, como nunca jurei a nenhuma menina.
- Então vou te esperar.
Os dois foram dormir, e aquela foi a última noite que se amaram, como homem e mulher em corpo de criança. Logo pela manhã Fernanda partiu para sua casa, eu vi o quanto a menina chorava, não queria ir de jeito nenhum, eu arrastei para porta, mas ela se negava a deixar os braços de Caleu, ele também chorava, suas lágrimas eram quase imperceptíveis, mais estavam ali, eu me sentia feliz, com uma sensação estranha.
Algumas pessoas dizem que eu posso mandar e desmandar no mundo, não é verdade, ate queria poder tomar certas decisões, naquele momento algo me dizia para deixar Fernanda ali, mas meu coração falou mais forte e a puxei com toda minha força, ate que ela se desprendeu dos braços de Caleu. E veio em minha direção, com a mesma bolsa que chegou ao barraco, saiu, seus cabelos estremeciam em meio a neblina densa daquele dia frio de outono.
Caleu falou diversas vezes para que ela tivesse cuidado, e prestasse bastante atenção, ela suplicou para que ele fosse com ela, ele disse que se fosse ela estaria correndo mais perigo. Eu e Fernanda seguimos pelos becos da favela em silêncio, às vezes eu olhava com o canto dos olhos e me deparava com ela triste, ela seguiu o trajeto todo com os olhos baixos, de hora em hora voltava os para o céu, talvez buscasse conforto, um amigo, e eu lá esperando um simples olhar. Andamos um bom tempo, pegamos o ônibus e ela parou na praça, eu desci também e a acompanhei, ela talvez procurasse Ana, não para brigar mais para passar o tempo. Não a encontrou, eu tinha visitado algumas noites atrás.
Seguiu seu caminho, quando passou no cemitério que frequentava com os pais, lágrimas rolaram pelo seu rosto, lembrou-se do avô.
Eu queria que ela não descesse mais como sempre ela nem me escutou, desceu e seguiu por entre os túmulos. Ate que chegou a sepultura do seu avô, como de surpresa ao lado estava a da sua avó, eu já sabia, queria esconde-la daquele sofrimento. Ela chorou e chorou muito, seu arrependimento foi tanto que chegou a cogitar a ideia de se jogar dentro de alguma cova aberta que encontrasse ali. E fiquei do lado dela, acariciando seus cabelos que estavam ficando cada vez com mais lindos, a neblina nós cobriu por alguns estantes, ela seguiu para sua casa com mais dor do que havia saído.
Eu ficava olhando Fernanda e pensando como a vida era injusta, ela uma menina tão bonita teria uma vida com tanto sofrimentos, tem coisas que não posso controlar, mas queria ao menos conseguir compreender. Por que o ser humano tem uma vida com tantos altos e baixos, fiquei assim olhando ela, cada rua que passávamos eu lembrava coisas que tínhamos vividos, já estava com ela a muito tempo, ela sempre me enrolando, sempre me evitando e eu lá do lado dela, posso dizer que a vi crescer. E  assim seguimos por entre a ruas daquele dia de neblina.
Madrugada de Sombras


Um livro que se da de forma teatral, fala sobre as decisões da vida que incluem as escolhas que fazemos e suas consequências, de difícil entendimento (minha opinião), ele é mais para quem está preste a prestar vestibular, vale uma olhadela!!! Esse ano ele não irá cair na prova FUVEST/UNICAMP mais vale a dica!!



Capítulo - 9

Uma história e duas vidas

Os pais de Fernanda já estavam desistindo, mas o coração deles avisava que não podiam. Dona Tania ia à igreja todos os dias, procurava consolo em Deus, seu Marcos já estava desgastado, não ia ao trabalho, a casa treze nunca tinha repousado em tanto silêncio, como naqueles dias que se seguiram. Todos estavam mexidos e cada foto, cada momento lembrado era motivos para desabrochar lágrimas.
Um dia eu tive um chamado, quando percebi estava na Rua da Lagrimas, e o endereço a ser visitado era o da casa treze. Eu chorei a ver pela janela, avó de Fernanda estirada no chão com sua filha Tania aos gritos, seu Marcos em completo desespero no telefone,a casa esboçava tristeza também, como se ela pudesse fazer tal feito, corria pelos aposentos um cheiro embriagador de angústia misturado ao medo, qualquer pessoa julgaria aquela casa como mal assombrada, pois ela trazia mais que simples histórias dos antigos moradores. Essa foi a segunda vez que experimentei o gosto de uma lágrima na minha boca, uma forte chuva tomou conta do tempo, e em estantes o céu estava triste, eu não tive coragem de entrar na casa, eu estava acabando com aquela família, quando Dona Tania estava dormindo com efeito de tranquilizantes ao lado do seu Marcos, eu me retirei e fui andando com grandes passadas acompanhando o carro que ia com avó de Fernanda.
Em uma história que eu já estava envolvido, talvez estivesse desenvolvendo sentimentos e duas vidas eu já estava retirando de uma vez só. Sem duvidas, eu fui criada para a destruição, o fim dos sonhos, o começo da ilusão, sou a pior coisa existente no planeta. Poucos são aqueles que me amam ou me toleram.
Voltando para minha atual casa, me deparei com a cena que me fez querer morrer se possível, Fernanda estava deitada como um anjo, sua sensualidade era digna de Afrodite, seus cabelos faziam os mais lindos cachos vistos em toda minha trajetória de vida, Caleu a olhava com um desejo, eu senti tanta inveja dele poder toca-la, sentir seu calor contra o peito, sentir o sabor de um dos seus beijos. Por um minuto eu queria poder ter coração e ser ele, só por um minuto caro leitor, queria me deslumbrar com alguém manipulando minhas emoções, meus pensamentos e fazendo parte dos meus desejos. Nunca tinha sentido tanta inveja de alguém como senti naquele momento...
Naquela noite eles também rolaram em meio ao emaranhado de lençóis, no dia seguinte por volta da cinco da manhã, bateram na porta com extrema raiva.
Caleu arrumando os cabelos acordou e foi ver quem era eu sentada no sofá fiquei vendo a discursão entre Caleu e uma sombra grande e com um voz maldosa.
Em meio à confusão Fernanda levantou, olhou pela beirada da porta, Caleu fez uma gesto para que ela permanecesse no local, ela se recusou e foi ao seu lado, à sombra se esquivou como prevendo um ataque sem chance de defesas, e foi o que aconteceu os olhos de Fernanda ao se encontrarem com os da sombra, provocaram grandes desejos, o homem teve pensamentos enojadores com a menina, Caleu entrou na sua frente como um príncipe a proteger sua donzela. A sombra se retirou, dizendo que logo voltaria. Eu a segui ate metade de um beco, pensei em acabar com ele, mas percebi que ele era a minha única chance de acabar com o amor de Caleu e Fernanda. Sim pode ser visto com extrema maldade, mais esse era o meu desejo mais íntimo, de fato fui muito egoísta, mas quando amamos sempre somos...



Com o tema de quebra do romantismo a obra de Machado de Assis mostra o realismo com suas faces claras e objetivas, tanto o texto quanto o filme trazem a mulher como alvo de traição, o que desenvolve vários conflitos, vale a pena conferir.


Eu sou a menina das quadras
Essa postagem é mais que um simples poema, é um desabafo!!!
Queridos leitores, no dia 04/03/12 eu sofri um acidente em quadra (pois jogo Handebol) e torci o pé, de início todos pensavam que era uma simples torção, só que hoje completa exatamente um mês... Faz um mês que a minha vida teve a pior das reviravoltas, eu choro quase todas as noites, eu me tornei dependente de todos, não consigo andar direito, sinto algumas dores e o pior de tudo eu não jogo mais Handebol. O meu amor pelo Handebol é imensurável. Uso do meu blog para desabafar com vocês meus seguidores.
Hoje eu passei pela pior provação da minha vida, na aula de Educação Física meus colegas foram para a quadra da escola, eu fui também, foi a primeira vez que retornei a uma quadra depois da minha lesão. Eu chorei em rever a quadra, sou uma louca pelos esportes e ver aquela quadra e não poder correr me machucou muito, chorei igual uma criança, sem que eu percebesse as lágrimas correram livres pela minha face. Posto aqui o poema que foi escrito enquanto eu chorava.

A menina das quadras

Não tire a menina das quadras
Ela vive na quadra,
 desde que o dia é dia até que a noite venha ser noite
Ela é da quadra e a quadra é dela
Corre, joga e brinca
é a menina das quadras
Sonhe, caia e levante
Não tire a menina das quadras
Ganhe, perca ou deixe que empate
Mas mantenha-se nas quadras
Pois você é a menina das quadras.

Esse poema é o meu desabafo pelo que estou passando...


Essa obra retrata o nazismo de forma nua e crua, mostrando suas vertentes  de uma sociedade que procurava a superioridade, pela destruição de um povo a qual foi atribuído  uma culpa inexistente.
Acreditem vocês nunca esqueceram o Bruno!!!


Para aqueles que tiveram um amor de verão... Ou para mim que acha que o verão nunca deve acabar!!!