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A LATA

Dentro da grande lata de metal, sentia-se sufocada, chovia lá fora, o vento era carregado de suspiros cansados.
Dentro da lata eles usavam crachás e pijamas listrados, pareciam cansados, exaustos de espirito.
Começou a sair um vento gelado da grande lata, a câmara, a lata, eles se aglomeravam, estavam em pé, confusos...
A lata estava andando?... Talvez parada, chovia forte. o ar estava mais sufocante... Mais pessoas eram postas na grande lata, câmara, a chuva impedia que se ouvi-se as vozes, gemidos, o que eles diziam?
Cansaram, cessaram... Morreram...
A lata andou?. Parou. O ar estava mais frio, sufocante.
Ela pensava em Anne, Bruno e Shmuel. Parou....
Silêncio. A câmara de gás, era um trem, ela acordou, estava na sua estação...
Foi apenas um pesadelo...

Izabela S.


Que tal fugir por alguns minutos dessa vida complicada e cansativa?. A melhor forma para relaxar é ler um conto, crônica ou romance (risos). Eu estava fuçando na net e achei um site com os mais variados autores, acredite só tem " Elite", Machado, Alencar, Saramago... Tente uma vez por semana fazer a leitura de um autor diferente, tenho certeza que seu modo de ver a vida vai mudar é só questão de prática.  Para aqueles que não gostam muito de ler comece com Machado, são textos menores e de um comicidade impressionante... Para os que adoram se aventurar no mundo das letras, SE JOGUE, em Saramago, Antero de Quental e muitos outros... Se eu ficar aqui prolongando e falando dos meu preferidos  você irá desistir... Então caro leitor boa leitura, e obrigado por vir ao meu mundo (:
site : http://www.releituras.com/releituras.asp


Beijos Izabela


BRASIL NUNCA MAIS

Em 14 de setembro de 1921, em Forquilha, Brasil, nasceu o Frade Franciscano Paulo Evaristo Arns, autor de mais de 49 livros, dentre eles “Brasil Nunca Mais”.
O livro Brasil Nunca Mais surgiu a partir de uma pesquisa do ano de 1979, sob o governo do General João Baptista Figueiredo, em um seleto grupo de pesquisadores que começaram a elaboração de um estudo grandioso que é resumido neste livro de forma simples e didática sob as mãos do D. Paulo Evaristo. Assim, em um período de grande repressão em vias clandestinas foi constituído a elaboração do livro em questão, que aborda as minucias da ditadura militar, por muitas pessoas ainda desconhecidos e por outras pessoas motivos de grande angustias.
O objetivo do livro é explicitado pelo nome do projeto: “Brasil Nunca Mais”, expressando que não venha mais ocorrer à violência e injustiça imposta durante o período compreendido entre 64 á 85, em que as pessoas eram reprimidas e privadas do direito a voz, a expressão e a liberdade.
O livro reporta trechos de depoimentos dos torturados, nesses trechos diversos militantes de todas as idades e condições sociais contam como foram abordados para “depor”, como se deu o período em que estiveram presas em lugares como o DEOPs (Departamento de Ordem Politica e Social), fazendas clandestinas destinas a torturas, Sedes do Exercito, Marinha e Aeronáutica, relatando como ocorreram as torturas e o nível de crueldade que era exercido sobre os militantes pelos militares, tudo para se conseguir informações consideradas subversivas e contrarias ao regime, muitas vezes os depoentes não sabiam as informações pedidas, dessa forma tinham poucas escolhas, ou mentir para tentar sessar as torturas, delatar companheiros ou ver seus familiares serem torturados e muitas vezes serem levados a morte na sua presença. As praticas de tortura não respeitavam regras nem a saúde dos presos, quem era considerado subversivo tinha sua vida igualada a zero, sendo torturado de todas as formas possíveis, levando ao esgotamento físico e mental, por horas ou mesmo dias consecutivos de torturas sem sequer ter direito a comer e sendo privado do sono, tudo para deixar o depoente mais vulnerável em prol do regime.
Os torturados eram submetidos a torturas com uso de insetos (como baratas), choques pelo corpo todo, afogamentos, pau de arará (“barra de ferro que é atravessada entre os punhos amarrados e a dobra do joelho, sendo o conjunto colocado entre duas mesas, ficando o corpo do torturado pendurado a cerca de 20 ou 30 cm do solo” – pág. 34 BNM), geladeira, produtos químicos dentre outros.
A tortura não escolhia sexo nem idade, ninguém considerado subversivo estava livre de serem torturados, homens, mulheres, idosos e crianças, até gestantes e pessoas com problemas físicos e mentais eram impostas a torturas, muitas vezes pessoas que não eram consideradas subversivas foram torturadas para que algum familiar seu, marido, pai, irmão ou amigo viesse a dar informações do interesse do governo, pessoas inocentes também foram vitimas de torturas por enganos cometidos pelos investigadores. O livro expõe que o nível de frieza e maldade era tanto que mulheres gravidas eram torturadas ao ponto de abortarem, isso quando não ocorria a morte do bebê ao nascer para fazer pressão psicológica aos pais.
As humilhações eram gigantescas, no livro constam relatos de maridos que foram obrigados a verem suas esposas serem abusadas sexualmente para forçar o marido a delatar companheiros ou falar sobre as articulações do grupo que fazia, por essas e outras razões até os dias de hoje existem pessoas que não trouxeram sua história átona, ficando no anonimato por vergonha e medo do que pode acontecer se expuserem suas histórias ao público.  Consequentemente pode-se concluir que existam diversos casos de torturas e abuso de poder que estão foram do trabalho Brasil Nunca Mais e fora do conhecimento geral.
Foi para manter vivo na memoria dos brasileiros que o Cardeal D. Paulo Evaristo Arns escreveu um livro baseado nas lembranças de um perido que não pode ser esquecido, para que os mesmos erros não sejam cometidos consecutivamente.  

Em suma, o livro explica os modos de torturas ( como os choques), os instrumentos utilizados durante a tortura, mostra o perfil dos principais atingidos pelo regime ( em geral, estudantes),  explicando como agíamos diferentes grupos que iam contra o governo, baseando-se em trechos que foram retirados de muitos inquéritos policiais. De acordo com o autor, o objetivo do livro não é atingir ninguém ou qualquer instituição e sim denunciar fatos ocorridos durante o período de ditadura.


AS PESSOAS


Existem pessoas que não ampliam seu gosto musical por medo de deixar de gostar daquela música
Existem pessoas que não leem um novo livro com medo de esquecer a história do anterior
Viver com medo de esquecer, de desaprender, não é viver
Viver sem saber, sem aprender não é viver
A vida de pessoas contada por pessoas

É história, fato, realidade, desconexidade

Existem pessoas que sempre escutam novas músicas para constatarem que aquela música é especial e não deve ser esquecida
Existem pessoas que sempre leem um novo livro para contar novas histórias
Viver sem medo, para nunca esquecer, aprender, é viver
Viver sabendo, aprendendo é viver

É história, fato, realidade, desconexidade

Izabela da Silva Senna


"Que era mau aluno - ou pelo menos que tirava notas ruins - é verdade. Que tomou pau em matemática é mentira. "O mito de que Einstein era um aluno medíocre definitivamente não é verdadeiro", diz o físico Michael Shara, do Museu de História Natural dos Estados Unidos. O fato é que o homem que revolucionou a física simplesmente não se interessava pela escola de seu tempo. Autodidata desde pequeno, Einstein sempre estava à frente do currículo escolar em matemática e física. Por isso, desprezava as aulas. Outra coisa que o desagradava era a pedagogia militarista e autoritária do Ginásio Luitpold, em Munique, na Alemanha, onde ele cursou o equivalente ao nosso ensino fundamental. "Você não vai dar em nada na vida", chegou a ouvir de um professor na 7ª série. O famoso "pau" que Einstein levou aconteceu quando ele pleiteou uma vaga na Escola Politécnica de Zurique. Ele tinha 16 anos, dois a menos que a idade média para ingressar na instituição. Apesar de os exames de matemática e física terem impressionado a banca examinadora, suas provas de humanas foram uma negação. Resultado: ele foi reprovado no vestibular. Aceito dois anos depois, Einstein passou raspando nos exames finais. Isso foi em 1900. Cinco anos depois, entre março e maio de 1905, ele bolou três teorias que revolucionaram a física, como a da relatividade especial. O rótulo de "vagal" dava lugar ao de gênio."



Bons professores são inestimáveis

Segundo Aristóteles, “O homem é um animal político”. Desse modo, o ser humano está fadado a viver em sociedade, muitas vezes sendo escravizado por ela, isto é, pelos membros dela. O mercado de trabalho pode ser visto como um meio de interação social ou mesmo uma forma do sistema repressor designar quem tem “capacidade” de exercer cada uma das diferentes funções. Tudo tem inicio na escola onde os alunos são avaliados pelas suas notas, existindo aqueles que se destacam e os que ficam aquém do rendimento esperado, sendo tarefa (árdua por sinal) de o professor colocar todos no mesmo patamar.

Optando pela profissão de professora (futuramente com especialização em literatura brasileira) tentarei de forma profunda ferir um sistema onde, alunos de escolas públicas são muitas vezes discriminados quando comparados a alunos de escolas particulares, levando-se em consideração que, muitas vezes professores exercem sua profissão em ambas as instituições (públicas e particulares) vale a reflexão de qual seria o fator para julgar que o conhecimento de um aluno de escola pública seja menos amplo que de qualquer outro aluno. De acordo com a recém-formada professora de Letras da USP Ligia Reis, “O jovem que procura a carreira de professor hoje no Brasil é oriundo das classes mais baixas e fez sua formação nas escolas públicas”, mostrando a hipocrisia social em que vivemos, onde o jovem rico muitas vezes é alfabetizado pelo professor pobre.


Conforme os dados do IBGE publicados no jornal O Globo, a profissão de professor é hoje uma das que apresentam os piores salários avaliados dentre as profissões que necessitam de curso superior, as piores remunerações se apresentam para professores de áreas especificas como; português, matemática e história.

 Portanto a procura pela profissão vem caindo muito nas ultimas décadas, a desvalorização pela profissão que forma os cidadãos intelectualmente, me leva a querer exerce-la, não só pelo amor a educação, mas como forma de contribuição social, na tentativa de poder preparar os jovens para conduzir o país para o desenvolvimento cultural e econômico e o fim da discriminação social, dando-lhes ferramentas viáveis de protesto contra um governo que não melhora as condições das escolas públicas, como: lousas digitais e a informatização completa.

apostila de filosofia-2010
  


um livro que mostra a sociedade que exclui, que cria as pessoas mais estranhas ou diferentes...... Clarice Lispector pode levar você leitor a um novo mundo...